Monday, November 06, 2006

Convênio - Depoimento


“Pela primeira vez temos a possibilidade de fazer um levantamento para detectar quais as necessidades das mulheres indígenas do Acre e daí formular políticas específicas”Letícia Yawanawá, líder indígena (foto)" .
Atraves do Governo do Estado do Acre, a Sitoakore tem a possibilidade de realizar encontros regionais, em diferentes aldeias com diferentes povos. Este apoio deve-se especialmente o Governador Jorge Viana e a Srª Mara Vidal (Secretaria Extraordinária da Mulher- SEM) que se sensibilizaram com o movimento de Mulheres Indígenas. Atualmente desenvolvemos este trabalho na intenção de beneficiar as comunidades indígenas de nosso Estado, e as demais regiões a qual nossa organzação representa (Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia). O desafio e no final desta caminhada poder elaborar propostas para serem apresentada as Politicas Publicas.
O trabalho que realizamos na organização tem o toque de muitas mãos, são os parceiros como FUNASA, CIMI e FUNAI. Este trabalho fecha seu ciclo este mês onde o Projeto executa todas as atividades previstas.

Assinatura do Convênio com o Governo do Estado do Acre

Convênios firmados pelo governo do Estado estabelecem novo tempo para políticas de gênero no Acre
Edmilson Ferreira - Jornal Página 20
Estabelecidos novos paradigmas, a política de gênero no Acre recebeu esta semana importante incentivo para inserir mulheres no processo produtivo e econômico em todo o Estado e aprofundar a pesquisa científica e filosófica sobre o tema, que acaba envolvendo questões étnicas e raciais, através da implantação de um curso de pós-graduação no âmbito da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Assim sendo, o governador Jorge Viana assinou nesta terça-feira convênios com 14 associações, cooperativas e organizações não-governamentais, repassando R$ 150 para mil para projetos de qualificação e profissonalização de pelo menos 250 mulheres de comunidades urbanas e rurais de todos os municípios. O dinheiro proporcionará a implantação de oficinas de artesanato, pequenas cozinhas industriais, programas de capacitação e várias outras ações que buscam a inclusão social e econômica de mulheres.
A Cooperativa de Artesãs do Vale do Juruá recebeu R$10 mil. De acordo com sua presidente, Sandra Viga, o projeto beneficiará 40 mulheres que poderão melhor trabalhar na produção de tarrafas, temperos caseiros e eventos culturais. “Nunca tivemos apoio como esse”, disse Sandra. De seu lado, a Vice - Coordenadora da Organização das Mulheres Indígenas, Edna Shanenawa, disse que os R$60 mil que sua ONG está recebendo será utilizado para produzir um diagnóstico para elaboração de projetos para as mulheres indígenas e para realizar o encontro regional de mulheres indígenas, além de facilitar o melhoramento do artesanato por elas confeccionado.
Os convênios foram assinados através da Secretaria Extraordinária da Mulher, encarregada de promover o equilíbrio de gêneros, iuncurtindo outros conceitos para melhorar as condições de vida da mulher acreana -e um dos motes pode ser resumido na expressão reproduzida pela secretária Mara Vidal para o projeto: “exercitando a cooperação para reencantar as relações”. Os repasses são feitos baseados no projeto Mulheres Fazendo a Diferença e, de acordo com Mara Vidal, só estão sendo possíveis atos como esse porque o Estado atua de maneira diferente nessa questão. “Há uma disposição política para isso”, disse a secretária.
Binho e Jorge: ´empoderamento´- O vice-governador Binho Marques lançou mão de sua experiência numa financiadora de projetos que atua no Brasil todo para afirmar que o Governo do Acre tem conseguido realizar sonhos de desenvolvimento de forma muito mais concreta e objetiva: na agência que atuou antes de ser convidado para ocupar a Secretaria de Educação durante a gestão de Jorge Viana na prefeitura de Rio Branco, os valores eram, em média, de R$2,4 mil para cada projeto - enquanto que os convênios para inclusão econômica de mulheres somam muito mais.
Além dessa observação, Binho avalia que a verba irá dar poder ás organizações. “Na gestão pública a gente consegue realizar mais radicalmente nossos sonhos e esses convênios asseguram empoderamento das organizações neste projeto de Florestania”,disse o vice-governador.
O governador Jorge Viana utilizou a expressão ‘empoderar’ para dar realce às suas palavras e deixar claro que novos tempos chegaram para a questão da mulher no Acre: “quebramos mais um paradigma”, disse
Foto MaraVidal (Secretaria) e Jorge Viana (Governador)

Sitoakore (materias jornalisticas)

A luta pela preservação da cultura indígena
O resgate das tradições e da cultura indígena do Acre está sob a responsabilidade da Organização das Mulheres Indígenas. A vice-presidente da entidade é Edna Shanenawa, 29, que nasceu Phkãshaya, mas teve seu nome modificado porque o cartório não fez o registro.
Phkãshaya significa “árvore bonita”. E é pelo direito de também poder registrar seus filhos com os nomes tradicionais da aldeia que as mulheres lutam. "Algumas etnias perderam sua tradição e seu próprio idioma. Temos que lutar contra isso", defende.
Edna saiu da sua aldeia em Feijó há um ano e oito meses
Edna relembra que os brancos foram os responsáveis pela perda da tradição, quando impuseram leis que quase sempre contavam com a influência de padres.
"Hoje a gente põe o nosso nome nos filhos porque exigimos nossos direitos, apesar de os cartórios não quererem registrar".
Os filhos de Edna têm nomes inspirados na natureza. Fare é sol, Yâka é igarapé, Maya é terra boa e Wahê é pupunha.
Mas a luta de organização não se resume à defesa do idioma e do direito de pôr nomes nos filhos. As mulheres também querem incentivar o trabalho no artesanato, na medicina tradicional e na revitalização da cultura materna.
Esse trabalho conta com o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, que trabalha paras fortalecer as 14 etnias existentes no Acre.
"Já fomos bem poucos, mas hoje, o meu povo conta com 500 famílias. Temos certeza de que o fortalecimento da nossa cultura é o fortalecimento da cultura acreana."
Rio Branco-AC, 27 de novembro de 2005 - Entrevista Edina Shanenawa(Foto) - Vice Coordenadora da Sitoakore

Aldeia Barão do Ipiranga sedia o Encontro de Mulheres Indígenas

Desta vez o encontro aconteceu em Cruzeiro do Sul, nos dias 25, 26 e 27 de outubro, na Terra Indígena Poyanawa. O evento reuniu representantes indígenas (professores, lideranças, AIS, pajés, parteiras e convidados), de diversas etnias (Poyanawa, Kaxinawa, Nukini, Naua, Cotanawa, Katuquina, Jaminawa-Arara, Kaxinawa e Ashaninka). Trata-se de mais uma atividade inserida no Projeto "Fortalecimento e Estruturação da Organização de Mulheres" que objetiva construir propostas para serem encaminhadas a politicas publicas, centrada na melhoria da qualidade de vida das comunidades indígenas. O encontro teve a participação da Srª Valeria Payé Pereira – coord. DMI/COIAB que veio de Manaus para participar do evento e que muito contribuiu co esta proposta. Referendamos aqui a presença do Srº Diete Muller (Representante da ONG - Médico Internacional) que veio da Alemanha para visita a alguns projetos no Estado do Acre. Em sua passagem por Cruzeiro do Sul, disponibilizou a tarde do dia 25/10 para participar deste encontro.
Quem é "Medico Internacional?, instituição não governamental que apoiou o Grupo de Mulheres Indígenas -GMI no Processo de capacitação das parteiras indígenas.

I Encontro de Mulheres Indígenas realizado no municipio do Jordão

I Encontro Regional de Mulheres Indígenas no Municipio do Jordão


Nos dias 20 a 22 de julho de 2006, a Sitoakore realiza o I Encontro Regional no município do Jordão. Esta atividade foi realizada na aldeia São Joaquim. O encontro reuniu 34 representantes indígenas do Povo Kaxinawa, representados por lideranças, professores, agentes de saúde, parteiras, pajés e estudantes. Esta atividade foi conduzida por Leticia Luiza (Coordenadora) e Edina Shanenawa (Vice-Coordenadora). Este encontro e uma das inicitivas contemplada no Projeto Fortalecimento e Estruturação da Organização de Mulheres Indígenas, apoiada pelo Governo do Estado do Acre, atraves da Secretaria Extraordinária da Mulher - SEM.
O encontro contou com a participação do Pajé Agostinho, que nos auxiliou como interpetre, assim como nos passou sua sensibilidade e conhecimentos.


Foto - Agostinho Pajé Kaxinawa/Jordão).


Encontro do Conselho Deliberativo e Fiscal

Reunião do Conselho Deliberativo e Fiscal


Nos dias 6, 7 e 8 de agosto, realizou-se o I Encontro do Conselho Deliberativo e Fiscal da Organização de Mulheres Indígenas (SITOAKORE). Este encontro reuniu nove mulheres do Conselho Deliberativo, três mulheres do Conselho Fiscal e três mulheres que dirigem a organização, além da presença de alguns convidados. O principal objetivo desta reunião foi promover uma avaliação administrativa e técnica, assim como realizar um Planejamento das ações para o ano de 2006/2007.
Esta atividade teve apoio do governo do Estado do Acre, atraves da Secretaria Extraordinária da Mulher - SEM.
Foto - Edina Shanenawa
Vice-Coordenadora