Thursday, March 22, 2007

Parteiras Indígenas do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia recebem Prêmio

O trabalho desenvolvido pela GMI e SITOAKORE foi honrado com a premiação do Prêmio "Culturas Indígenas" edição Ângelo Cretã.
"A valorização do trabalho destas mulheres trouxe muitos resultados significativos para as comunidades indígenas. Em muitas areas esta atividade estava sendo substituída pelo atendimento nos hospitais próximos da cidade, fazendo com que as gravidas deixassem de utilizar a medicina tradicional pelo uso direto da ocidental, com este trabalho foi possivel resgatar o costume e tradição milenar e garantir a parteiras indígenas “qualificação à assistência ao parto”. O resgate deste trabalho milenar reduziu o indíce de mortalidade neonatal, melhorou a relação entre os diferenes conhecimentos (Parteiras, Pajés e Agentes Indígenas de Saúde), além de manter vivo os povos indígenas de diferentes culturas, através do nascimento de muitas crianças." (Trecho do Projeto).
Foram aproximadamente 500 projetos apresentados e 82 selecionados, entre eles Parteiras Indígenas. Parabéns a todos as parteiras indígenas e um abraço carinhoso a Silvana Lessa (Assessoria Técnica) que descreveu na integra este trabalho de muitos mãos resultando na conquista do prêmio.

Thursday, March 15, 2007

O Governo do Estado atraves da Assessoria da Governo, convida organização de mulheres indigenas para falar da nova estrutura

Rose (Assessora) ao centro de azul e Leticia a sua esquerda.

A organização das Mulheres Indígenas, participou de reunião com várias representantes de mulheres e Rose (assessora), para falar da construção deste novo momento , onde o governo acaba com a Secretaria da Mulher e começa a estruturar esta Assessoria. A principio a organização sente que as mulheres brancas regridiram, e que a secretaria era um lugar de maior atividade, este era o sentimento de muitas ali presente. No entanto, Rose se coloca a frente para falar deste momento e compartilhar com os movimentos de mulheres presente como será esta mudança e exatamente o que mudou. O processo é essencial, afinal inicia-se um dialogo com os movimentos, é bonito ver este momento do movimento e ver a construção de algo novo, talvez esta seja a diferença entre muitos processos de construção nos governos, " a falta de dialogo e a participação das classes".

Lideres Indígenas reuni-se com Parlamentares


Presidente da Assembléia recebe lideranças e representantes de organizações indígenas para falar sobre a situação da sede da antiga União das Nações Indígenas - UNI. "A oportunidade de colocarmos nossos sentimentos foi um momento muito especial, afinal a casa não é simplesmente uma casa, tem um valor simbolico, tem muita história (Letcia Yawanawa)." O encontro teve alguns encaminhamentos, onde o Deputado Edvaldo (PCdoB) junto com o Deputado Cartaxo, vão realizar conversar com o arrematante do imovel para verificar a disponibilidade de acordo.


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Edvaldo (ao centro), Antonio Apurinã (a esquerda do deputado), seguido de Leticia, Silvana e Naluh Goveia

Sede da Organização recebe Naluh Goveia e Lhé




















Naluh Goveia (Deputada Estadual) e Lhé (assessoria do Gabinete do Senador Tião Vianna) visita a sede para conversa com as mulheres. Para o grupo foi uma manhã muito especial, uma conversa descontraída e cheia de expectativas. "Nos sentimos queridas, pois a visita de amigos e muito especial" - Edina Shanenawa. Lhé foi um mobilizador e articulador, ao ligar para os amigos e colocar a situação de preocupação com a ação de despejo, almoçou conosco e contou muitas histórias de nossos parentes, mostrando-se ter vivido bons momentos com velhas e novas lideranças. Naluh tambem foi muito especial e organizou com Edvaldo Magalhães (Presidente da Assembléia) uma reunião para colocarmos a situação para os parlamentares.


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Lhé e Naluh (sentados na escada)
















Coordenadoria da Mulher da administração Municipal recebe Mulheres Indígenas


Desta vez foi Rose (Coordenadora), que recebe o grupo de mulheres indígenas e ouve das parentes o trabalho que a organização realiza e as preocupações que a organização tem com as familias residentes na cidade. Em 2002 o Grupo de Mulheres Indígenas - GMI, realizou um levantamento na intenção de identificar quantos indígenas vivem na cidade, oque fazem, qual a razão de estarem aqui, qual a etnia. Desta forma parte deste levantamento foi repassado para Rose, objetivando ouvir quais as possibilidades da prefeitura disponibilizar programas que atendam parte desta população que encontra-se muitas vezes ociosa, e necessita de capacitação e programas que venham melhorar a sua capacidade profissional. A organização ouve atentamente a coordenadora e as possibilidades de juntas desenvolverem algum trabalho. Rose tambem tem sido uma grande aliada da organização, especialmente em relação ao problema de despejo em que a organização tem vivido.



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Rose (Centro) ao lado Leticia (blusa rosa) seguida de Edina

Mulheres Indígenas conversam representante do Governo na Assembléia


A organização, atraves de Leticia Luiza (Coordenadora), Edina Shanenawa (Vice-Coordenadora), Dalvanir Justino (Tesoureira) e Silvana Lessa (Assessoria Técnica), foram getilmente atendidas pelo Deputado Cartaxo (PT). Diante da situação de despejo vivida pela organização, as mulheres patiram em busca de ajuda. Cartaxo, antes de ser parlamentar tem uma relação muito especial na história do movimento indígena. As mulheres foram bem recebidas e ouviram palavras muito especiais e positivas. " Poucas vezes ouvimos palavras boa de alguém, antes tivessemos aqui, agora sei que alguem pode fazer algo por nos", Leticia Yawanawa, desabafa ao sair da reunião com as parentes e repete novamente esta frase quando ao final do dia recebe ligação do Deputado para lhe dar respostas dos encaminhamentos da reunião realizada pela manhã. Quando a situação da sede se resolver, ou alcamar queremos recebe-lo em nosso escritório para falar de nosso trabalho e mostrar um pouco de nos.

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Cartaxo (Blusa Vermelha)
Leticia (Blusa Rosa)
Edina (Blusa Verde)

Coordenação visita parlamentares


SITOAKORE representada pela Edina Shanenawa (Vice-Coordenadora), Dalvanir Jstino (Tesoureira) e Silvana Lessa (Assessoria Técnica) , realizou visita ao escritório da Maria Antonia (Veriadora-PT) e falar sobre o trabalho das mulheres indígenas, assim como expor um pouco de suas preocupações com as familias indígenas que residem no municipio de Rio Branco. Durante a conversa, se colocou a situação de despejo sofrida pela organização que atualmente funciona no prédio da antiga União das Nações Unidas - UNI. A conversa foi muito importante para as mulheres, na qual sentiram a grande sensibilidade de Maria Antonio diante da situação de despejo. Ao terminio da reunião ficaram alguns encaminhamentos, bem como o convite para que Maria Antonia visite o escritório e possa participar de uma reunião com a juventude e moradores do municipio.

Identificação Foto
Maria Antonia (Blusa Creme)
Edina Shanenawa (Bkusa preta)

Sunday, March 11, 2007

Oficina de Troca de Experiência entre Parteiras, Pajés e Agentes de Saúde

Pajés e parteiras indígenas ganham novos conhecimentos sem renunciar a sua cultura
24-Nov-2006
Mais de 380 parteiras indígenas, pajés e agentes de saúde indígena participaram das oficinas realizadas ao longo deste ano para a troca de experiência sobre os cuidados no parto e a saúde nas aldeias.

As oficinas vem sendo realizadas pela Organização das Mulheres Indígenas do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (Sitoakore) liderada pela índia Letícia Yawanawa.

Segundo ela, esse é um trabalho de resgate e valorização das funções das parteiras e pajés que ao longo dos últimos anos foram sendo postos de lado pelas autoridades dos serviços públicos de saúde em seus programas. Assim, possivelmente sem ter esse objetivo, acabaram por prejudicar a força e a continuidade de muitas tradições, que tem sido fundamentais para a agregação social e a sobrevivência dessas comunidades.

“Infelizmente os serviços oficiais de saúde não reconhecem nossas parteiras com seus conhecimentos tradicionais, nem os pajés como nossos médicos que são. Estas pessoas já contribuíram e continuam contribuindo para a sobrevivência de nosso povo e a preservação de nossa cultura”, afirma Letícia.

Ela reclama do fato de que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) quando chama a parteira ou o agente de saúde para um treinamento, não convida junto o pajé que é o primeiro a ser procurado pelas pessoas da aldeia quando sentem problemas de saúde física ou espiritual.

“Essa situação em se que cria uma separação que tradicionalmente não existe em nossa cultura porque pajé e parteira trabalham juntos e tem o respeito de todos. Ao chamar o pajé para discutir as questões da saúde está sendo dado maior valor à pessoa dele, ao mesmo tempo que ele estará aproveitando novos conhecimentos para orientar os jovens e mulheres das aldeias”.

A série de oficinas que vem sendo realizadas nos municípios do Acre, será encerrada em março do ano que vem com a realização de um encontro estadual de parteiras tradicionais e pajés que acontecerá em Rio Branco.

“Nele estaremos discutindo a formação de uma política pública destinada a atender de maneira diferente os serviços de saúde destinados às comunidades indígenas, até porque é possível levar novos conhecimentos às parteiras e pajés sem desrespeitar nossos costumes e tradições”.

Juracy Xangai

Fonte: Página20